segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Presente inesperado!

Este fim de semana estive em Belo Horizonte e fiquei hospedado na casa do meu cunhado. Era aniversário dele no sábado, sinal de cervejada pela frente, saímos na sexta para beber umas e dedicarei um poste exclusivo pois foi de muitas surpresas.

No sábado fui pegar uma água na geladeira e me deparei com um tesouro: Uma Mob Weiss. Tesouro porque esta cerveja estava na casa dele desde Julho, jamais conseguiria guardar uma breja tanto tempo.
Logo tratei de convencer que seria mais prudente bebermos esta cerveja longe de seus amigos pois pelo tempo de guarda,a mesma poderia apresentar certa adstringência, talvez autólise e assim passar má impressão aos convidados. Ele não se importou e fomos à degustação.





A aparência estava ótima, perfeita formação de espuma, muito cremosa, densa e persistente. No aroma as características principais também estavam presentes: Pão, cravo, banana... no entanto havia algo estranho ali.



Um leve sinal de adstringência me incomodava, para as meninas passou despercebido, isso talvez porque a breja estava gelada. As primeiras tulipas se foram rapidamente.




Fui o único que bebeu o resto da garrafa, servi a levedura como se pede no protocolo das Weiss Bier, e esta deu seu show a parte:



No entanto no sabor, a presença da levedura atrapalhou e muito. Muito adstringente. Isso trás a tona o debate sobre cervejas de guarda. Não é qualquer estilo de cerveja que está propicia a suportar tanto tempo. Questões como presença de levedura em excesso é outro problema com o qual os cervejeiros caseiros devem se atentar. Não era o caso desta cerveja, mas como ela possuía um corpo muito pequeno, possivelmente sofreu com autólise. Ficou a ótima experiência. No aniversário do cunhado quem foi presenteado fui eu.


terça-feira, 17 de novembro de 2009

Teste Cego - O mercado Brasileiro, por enquanto...

Semana passada postei aqui no Blog o teste cego realizado em nosso QG, Petiscos, de cervejas tipo Pilsen. Como mencionei naquela ocasião, não se tratava de uma avaliação técnica seguindo criteriosamente o BJCP, mas sim escolhemos 7 cervejas, entre as nacionais mais preferidas, algumas importadas, com intuito de descobrir quais as características deste estilo de cerveja que os confrades da Acervaço mais gostam.
O resultado já apresentado neste blog foi com a Hollandia, uma Premium importada em primeiro lugar, tendo este encontro como surpresa, a tão apreciada Heineken entre as ultimas.
Nesta ocasião fizemos uma pratica muito interessante também , que é tentar adivinhar qual cerveja se está degustando.
No blog da Acerva Mineira esta semana, foi postado uma matéria sobre um teste cego realizado por nossos confrades em BH, Degustação Cega Hefeweizen, onde com o apoio dos confrades Paulo e Lela os demais confrades puderam conhecer mais sobre o estilo escolhido (por incrível que pareça, o estilo que a Acervaço está pensando para o próximo encontro.), este encontro obviamente foi regado a muita cerveja boa e bom bate papo.

Mas o que me chamou atenção foi a propaganda da cerveja comercial nacional Kaiser.


Clique na figura para ver propaganda:



O vídeo se trata de um “teste cego” realizado com alguns clientes das marcas mais famosas no mercado nacional e que supostamente comparam as cegas suas marcas preferidas com a Kaiser.

Entre as brejas do teste estão Skol, Brahma, Kaiser, Antártica e Schin.

No resultado de uma pesquisa realziada pelo data folha com mais de 2,500 pessoas qual o resultado?

Schin 18,6%
Brahma 19,7%
Antártica 19,4%
Skol 19,8%
Kaiser 20,1%

Pelo menos os organizadores da pesquisa são justos e não dão ênfase à vitoria da Kaiser, concluindo o resultado como um “Empate Técnico” .

De olhos atentos... o que podemos concluir?

Ora, o obvio, as macro cervejarias buscam na verdade uma padronização de sabor baseada no “vazio”. Quanto menos melhor! Se você coloca sabor de malte na cerveja, o Zé pode gostar mas o João não, o Floriano não, a Maria sim, mas a Ana Paula não...

Não é isso que o mercado quer, é? O que eles nos mostram é que o ideal é tirar qualquer sabor ou aroma peculiar da cerveja para que as marcas possam estar “Entre as preferidas”. Sem personalidade. E quem paga somos nos bebedores de cerveja que nem sempre podemos pagar por uma cerveja especial quando queremos tomar litros e litros.

Entendo que mercadologicamente é racional o que eles fazem, não quero aqui dizer que os caras não sabem nada de cerveja, claro que não, estas cervejas são elaboradas por grandes mestres, o que arrasa conosco é o MERCADO brasileiro, estes cervejeiros poderiam estar fazendo grandes cervejas como clássicas alemãs, mas dedicam todo seu conhecimento a fazer cervejas fracas e esconder os pavorosos aromas e sabores destas que se prontificam com louvor(ou pavor?! hehe) quando quentes.

Minhas preferidas entre as citadas acima são Antártica e Kaiser, afinal nunca sentimos a diferença entre as mesmas exceto o preço, logo o custo beneficio sempre foi a balança... Hoje, depois de anos em reuniões do Covil (grupo de amigos destinado a assistir rodadas de futebol, ouvir Rock n Roll, conversar fiado e beber muita cerveja vagabunda(lê-se cerveja barata)) a preferida tem sido Bavária Clássica que aprendi a amar em épocas de vacas magras (e muita sede).

Esperamos ansiosos pelo dia em que nossas marcas comerciais apresentarão um teste cego comparando as mesmas com cervejas de alto nível, nossas cervejas comerciais sendo comparadas com alemãs!? Ein?! Imagine só!! Enquanto esses dias não chegam, vamos lutando pela propagação da cultura cervejeira.

Porco e Cerveja!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Tira Teima de Pilsen - Encontro de Segunda Feira

Este posto irei destinar ao primeiro encontro de segunda pós Concurso Nacional, finalmente conseguimos uma segunda-feira sem feriados (quem diria... desejar uma segunda sem feriado)

Mas fomos ao Petiscos para uma simples reunião para falar de compras de insumos, degustação da cerveja feita no workshop do Oktobervaço, conferir novidades e tomar uma breja.

Ao chegar na casa o confrade Álvaro nos trouxe uma breja ainda não degustada pela trupe, X Wäls:









Só tínhamos uma garrafa e éramos 4, logo, só uma amostrinha mesmo para cada um conhecer.
Eu havia ouvido falar desta cerveja, sabia que se tratava de algo como as cervejas “light” dos americanos, mas nunca sequer li sobre o estilo, na verdade nenhum de nós sabia nada sobre o estilo em questão. A conclusão foi que apenas o Vittorio conseguiu fazer uma análise justa sobre a Breja. Partindo da premissa mercadológica ele explicou que ela atenderia, já que apesar de tão leve, o que proporcionaria uma drinkability fantástica, dando ênfase ao aroma muito agradável. Minha opinião carregada de pré-conceitos diante de cervejas deste estilo não me permitiram buscar qualquer qualidade nesta cerveja.

Bom, a conversa ficou boa e degustamos na seguida uma Wäls Pilsen. Papo vai, papo vem... , cada um falando do que gosta e o que não gosta em uma Pilsen (versões comerciais entre standad American lager e Premiun, tipo: Heinekem, Bavária Premium, Therezópolis, Original, etc), o que chama atenção etc...

Até que Álvaro propõe um Teste-Cego. A mesa já contava com o confrade Michael (o Irlandês Bastardo) e todos toparam. Fomos a escolha das brejas. Foi proposto uma mescla entre cervejas Standard American Lager e Premium, sendo a lista composta das seguintes brejas:















Sendo: Antartica Original, Bavaria Premium, Stella Artois, Therezópolis Gold, Hollandia, Heineken e Budweizer.



Não se tratava de uma avaliação técnica, nem sequer o BJCP tínhamos em mãos, era um tira-teima mesmo, e assim decidimos avaliar apenas: Sabor, Aroma e Aparência, sendo 5 pontos por item. Confuso, já que o estilo tem características fundamentais, mas fomos no conhecimento básico: no sabor notas de malte, biscoito, presença de amargor... aroma de lúpulo, malte etc... mas fomos ao que interessava.







Pequenas doses como pede o protocolo, muita atenção, algumas opiniões, muita dúvida... a cada breja servida uma nova especulação. Obviamente cada um criando expectativa sobre sua favorita ...








e no final... que surpresa:

1°- Hollandia - 57 pts
2°- Therezópolis - 53 pts
3°- Bavária Premium - 48 pts
4°- Stella Artois - 44,5 pts
5°- Budweiser - 44 pts
6°- Heineken / Original - 41,5

A surpresa em questão não foi a Hollandia em primeiro lugar, pelo contrario, esta cerveja é maravilhosa, nunca antes degustada por este escriba e muito elogiada por todos os confrades, mas sim pela tão querida Heineken.
Eu mesmo fui um que deu notas baixíssimas a ela e olha que foi a primeira a ser degustada(obviamente as cegas). Segundo o confrade Rick, um adorador desta breja, ele sabia que estava degustando a breja e mesmo assim deu notas baixas à mesma. Na verdade foi unânime (6; 6; 9; 9,5 e 11), deixando a apreciada breja na mesma colocação que Antártica Original (6,6,5; 9;10;10).

Todos intrigados e loucos para outra degustação as cegas e novas brejas. Ainda estamos pensando em qual será semana que vem, mas esta será com BJCP em mãos...

E pra não ficar só na degustação, um pequena competição para tornar a coisa mais divertida. Quem consegue descobrir mais cervejas? Bom, a única que eu pensei que jamais erraria, passei longe de acertar a Heineken... neste quesito nunca fui bom, mas os confrades Vittorio e Álvaro estavam afiados... e acertaram 5 das 7 brejas degustadas!! Muito divertido, pois além de quebrar o gelo, incentiva a prestarmos mais atenção as brejas que bebemos, mesmo que não sejam especiais.

Semana que vem tem mais... mais brejas, mais relatos ... será que teremos mais surpresa?

Saúde! Pão e Cerveja!