terça-feira, 17 de novembro de 2009

Teste Cego - O mercado Brasileiro, por enquanto...

Semana passada postei aqui no Blog o teste cego realizado em nosso QG, Petiscos, de cervejas tipo Pilsen. Como mencionei naquela ocasião, não se tratava de uma avaliação técnica seguindo criteriosamente o BJCP, mas sim escolhemos 7 cervejas, entre as nacionais mais preferidas, algumas importadas, com intuito de descobrir quais as características deste estilo de cerveja que os confrades da Acervaço mais gostam.
O resultado já apresentado neste blog foi com a Hollandia, uma Premium importada em primeiro lugar, tendo este encontro como surpresa, a tão apreciada Heineken entre as ultimas.
Nesta ocasião fizemos uma pratica muito interessante também , que é tentar adivinhar qual cerveja se está degustando.
No blog da Acerva Mineira esta semana, foi postado uma matéria sobre um teste cego realizado por nossos confrades em BH, Degustação Cega Hefeweizen, onde com o apoio dos confrades Paulo e Lela os demais confrades puderam conhecer mais sobre o estilo escolhido (por incrível que pareça, o estilo que a Acervaço está pensando para o próximo encontro.), este encontro obviamente foi regado a muita cerveja boa e bom bate papo.

Mas o que me chamou atenção foi a propaganda da cerveja comercial nacional Kaiser.


Clique na figura para ver propaganda:



O vídeo se trata de um “teste cego” realizado com alguns clientes das marcas mais famosas no mercado nacional e que supostamente comparam as cegas suas marcas preferidas com a Kaiser.

Entre as brejas do teste estão Skol, Brahma, Kaiser, Antártica e Schin.

No resultado de uma pesquisa realziada pelo data folha com mais de 2,500 pessoas qual o resultado?

Schin 18,6%
Brahma 19,7%
Antártica 19,4%
Skol 19,8%
Kaiser 20,1%

Pelo menos os organizadores da pesquisa são justos e não dão ênfase à vitoria da Kaiser, concluindo o resultado como um “Empate Técnico” .

De olhos atentos... o que podemos concluir?

Ora, o obvio, as macro cervejarias buscam na verdade uma padronização de sabor baseada no “vazio”. Quanto menos melhor! Se você coloca sabor de malte na cerveja, o Zé pode gostar mas o João não, o Floriano não, a Maria sim, mas a Ana Paula não...

Não é isso que o mercado quer, é? O que eles nos mostram é que o ideal é tirar qualquer sabor ou aroma peculiar da cerveja para que as marcas possam estar “Entre as preferidas”. Sem personalidade. E quem paga somos nos bebedores de cerveja que nem sempre podemos pagar por uma cerveja especial quando queremos tomar litros e litros.

Entendo que mercadologicamente é racional o que eles fazem, não quero aqui dizer que os caras não sabem nada de cerveja, claro que não, estas cervejas são elaboradas por grandes mestres, o que arrasa conosco é o MERCADO brasileiro, estes cervejeiros poderiam estar fazendo grandes cervejas como clássicas alemãs, mas dedicam todo seu conhecimento a fazer cervejas fracas e esconder os pavorosos aromas e sabores destas que se prontificam com louvor(ou pavor?! hehe) quando quentes.

Minhas preferidas entre as citadas acima são Antártica e Kaiser, afinal nunca sentimos a diferença entre as mesmas exceto o preço, logo o custo beneficio sempre foi a balança... Hoje, depois de anos em reuniões do Covil (grupo de amigos destinado a assistir rodadas de futebol, ouvir Rock n Roll, conversar fiado e beber muita cerveja vagabunda(lê-se cerveja barata)) a preferida tem sido Bavária Clássica que aprendi a amar em épocas de vacas magras (e muita sede).

Esperamos ansiosos pelo dia em que nossas marcas comerciais apresentarão um teste cego comparando as mesmas com cervejas de alto nível, nossas cervejas comerciais sendo comparadas com alemãs!? Ein?! Imagine só!! Enquanto esses dias não chegam, vamos lutando pela propagação da cultura cervejeira.

Porco e Cerveja!

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