sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Aquinu's Dubbel - Degustação da Dubbel do confrade Rafael Aquino

Ser cervejeiro caseiro no Brasil não é nada fácil. Encontramos dificuldades em fazer compra de insumos, quando os encontramos pagamos caro pelos impostos. Realmente é uma atividade para apaixonados que em muitos casos abrem mão de muita coisa para manter viva esta paixão por produzir sua própria cerveja.

No entanto, depois de tanto esforço não a nada melhor do que colher os frutos, ou os litros da produção. Beber sua própria cerveja... poucas coisas nesta vida são tão boas quanto.
Mas entre as dádivas de ser um cervejeiro caseiro está poder beber a produção de outros confrades, seja em eventos cervejeiros, seja comprando em um bar, ou ainda melhor recebendo em sua casa uma garrafa. E este é o tema do post de hoje.
A algumas semanas recebi um presente que a tanto tempo esperava ganhar: uma cerveja do confrade Rafael Aquino. Este nome não teve nenhum destaque em listas de premiação de concurso ou coisa do tipo, mas sem dúvidas é um dos nomes mais conhecidos e citados no meio cervejeiro. Seja pela criatividade ao montar os próprios equipamentos que o deram o apelido de prof. Pardal ou seja pela dedicação e conhecimento compartilhado que englobam todos os processos cervejeiros.
Segundo Aquino, esta se tratava da tentativa de Dubbel que seria enviada ao concurso Eisenbahn 2010. Assim que recebi coloquei em baixo na porta da geladeira e guardei por cerca de um mês até conseguir marcar com o confrade Vittorio para degustarmos. Convidei para ocasião o confrade Henrique e o novo Cervejeiro caseiro do Vale do Aço, Michel.
Bate-papo, livros na mesa, descrição do estilo (embora baseado no bjcp) fomos à cerveja:



A cerveja estava com uma aparência maravilhosa. Achei ela um pouco clara para o estilo, isso comparando a outras que havia tomado para familiarizar mais, mas o confrade Aquino me explicou que buscou produzir a mesma no limite. Ótima espuma.

No aroma conseguimos identificar alguns elementos do estilo, acreditamos que estivessem dentro da proposta do confrade de serem mais discretos. Poderia ter mais maltes, ma no copo da Kwak, eles se apresentaram com mais intensidade. Notas de passas muito discretas a quase imperceptíveis, mas o dulçor do malte tanto no aroma como no sabor estava muito bom. Balanceando com um amargor bem inserido(que acredito ser fruto das notas de malte caramelizados) deixando um final seco que pedia outro gole. Uma cerveja de alto nível.

Dubbel Rafael Aquino
Infelizmente a segunda garrafa estava com problemas. Chamo atenção dos confrades para este tipo de episódio. Se fosse um concurso, uma excelente cerveja poderia ter notas baixas por uma garrafa com problemas.
Todos ficaram super satisfeitos com a cerveja do confrade Aquino.
Para ilustrar o encontro retirei da minha adega ainda três exemplares do família belga: Westmalle Dubbel, Westmalle Trippel e uma Wals Quadruppel que terão um post a parte. E para finalizar como moramos numa terra mais que quente degustamos uma alemã e uma Mob pra dar uma refrescada.
Infelizmente não deu pra fazer uma harmonização com a Aquinu’s Dubbel por falta de estrutura no Ap que ainda estamos montando. Mas fica pra próxima.

Realmente o mestre Aquino sabe fazer boas cervejas. Parabéns camarada. Esperamos uma visita sua para uma batelada coletiva e claro, muita troca de conhecimentos!

Para ver mais avaliações das brejas do confrade clique nos links abaixo:


Avaliação no ranking do brejas - Don Troppeiro Strong Ale: http://www.brejas.com.br/cervejas/brasil/Don-Troppeiro-Strong-Ale/
Harmonizacao da Don Troppeiro com Rizoto de Lula By Marcel Gussoni: http://blog.saborsonoro.com.br/2009/06/um-risoto-uma-cerveja-duas-surpresas.html
Degustação da Don Troppeiro Strong Ale pelo honravel conselho de segunda da Biergarten em Ribeirao Preto: http://www.emporiobiergarten.com.br/blog/2009/06/uma-segunda-feira-de-degustacoes.html


Rafael Patricio - Mob Bier

"Pão, porco e cerveja guiam minha vida!"

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Weiss Bier – Cervejas de trigo dos confrades Mineiros

A algumas semanas tive a oportunidade de provana mais uma cerveja Profana, do confrade Cristiam de JF.
Para minha infelicidade não tinha no memso dia uma Texsan na geladeira para poder beber e analisar as principais diferenças. Sempre que posso fazer isso, faço com a finalidade de buscar receitas novas. Ver o que agrada e não agrada, enfim.
Sempre bebo Texsan, seja no trabalho (nos momentos propicios ou a convite de clientes), seja em eventos cervejeiros ou mesmo em casa e nos dias de folga.




Texsan Weiss Bier


Embora o confrade Eric produza de forma rudimentar como qualquer cervejeiro caseiro, acredito que ele, por repetir sua cerveja a tanto tempo vem conseguindo aproximar e muito suas receitas. Algumas vezes parece variar talvez o teor alcoolico, ou a impressão alcoolica da cerveja, mas suas Weiss bier tem personalidade. São bem encorpadas, amarelo escuro, turvas, ácidas e com fenólico de cravo bem acentuado. Sempre bem carbonatadas.
Já a Profana Weiss, aprasentou algumas carcteristicas diferentes. A carbonatação estava a mil, inclusive comentei como confrade de JF. Pel foto dá pra termos uma ideia da formação da espuma:



Profana Weiss Bier


Cremosa e consistente como pede o protocolo. Na verdade, achei bem suave, por exemplo, o fenólico de cravo é bem mais discreto, e o frutado de banana caracteristico do esilo também. O pão é predominante e isso me agradou muito.

Em outro blog para o qual eu também escrevo havia publicado um post sobre Weiss Kristall, cervejas de trigo filtrada e que possuem maior drinkability.

A Profana Weiss não é uma Kristall, mas possue caracteristicas semelhantes o que a meu ver a deixa mais facil de beber inumeras.

Texsan Weiss Bier & Profana Weiss Bier são duas cervejas que eu recomendo. A primeira por apresentar as principais caracteristicas da escola alemã com personalidade, a segunda por possuier muito equilibrio e muito drinkability para um estilo tão peculiar.

Pão e Cerveja.

Rafael Patricio