quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Segunda Feira: Dia de Cervejas Especiais

Segunda-feira... para uns, dia cansativo, de ficar em casa e dormir cedo. Para muitos outros um bom dia para chamar os amigos e ir para o bar, beber, comentar o fim de semana, planejar o próximo (por que não?)...
Para mim um dia tranqüilo de trabalho, daqueles que os clientes chegam cedo, alguns direto do trabalho, mas vão embora cedo. Mas neste semana foi diferente.

O relógio estava aproximando das 21h quando meu amigo Roberto Sôlha chega e anuncia que outros amigos estavam rumo ao bar. Ótima noticia! O que eu não sabia é que seria uma noite regada a muita cerveja especial e bate papo cervejeiro.

Sôlha e os comparsas Pedro Bastos e Wanderson Garcia fizeram uma verdadeira viajem pelas principais escolas cervejeiras: Bélgica, Inglaterra e Alemanha.
Foram degustadas na noite as cervejas: Leffe Blond, Erdinger Pikantus, Therezópolis Dunkel, Colorado Índica IPA, Baden Baden Red Ale e Paulaner Hell.
Falamos de cultura cervejeira, estilos, harmonização (não houveram tantas por que a cozinha do bar já estava fechada, hehe).




Cervejas Especiais


Este tipo de encontro é muito importante para a propagação da cultura cervejeira, o Slow Bier por exemplo. Foi bacana ouvir dos amigos que após beber todas aquelas cervejas, estavam se sentindo bem, “no grau”, sem exageros.
Uma grande contribuição que deve ganhar mais adeptos em breve. O trio deve oficializar os encontros ao menos uma vez no mês, mas acredito que haverão inúmeras reuniões extraordinárias!! Espero poder participar de todas!







Esqueci de comentar: Os confrades fecharama noite tomando uma Hell... para dormir com os anjos! hehehehhe


Segue a identificação das peças raras:


Roberto Sôlha


Pedro Bastos

Wanderson Garcia

Ode ao universo Cervejeira!

Rafael Patricio

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Degustação Histórica em BH

A falta de tempo do fim do ano de 2009 me impediu de postar alguns acontecimentos que merecem destaque. E sem dúvidas uma das melhores aventuras cervejeiras foi a super degustação da qual tive o privilégio de fazer parte.

Com a ida a Capital Mineira para visita a Falke Bier, acabei pedindo ao confrade Patrus estadia em seus aposentos, que gentilmente foram concedidos. Para minha felicidade ele e um grupo de confrades da Acerva Mineira haviam marcado uma degustação naquela mesma noite. E que noite.

Tasting Storm foi o nome dado à degustação, isso pela variedade de cervejas raras e de diferentes estilos presentes naquela noite.

A degustação começou com nada menos que a rara e exótica Fraoch:

Uma cerveja Escocesa que não leva lúpulo na receita, apenas ervar amargas. Corpo leve e sabor complexo. Vale pela história. Fiquei muito feliz de poder experimentar. O confarde Patrus que havia ganhado de presente já havia compartilhado a dificuldade de se encontrar esta breja.

Na seqüência uma inglesa: Combined Harvest - Special Premium Bitter


No rótulo possui indicações de que esta breja é composta por maltes de Cevada, trigo, aveia e centeio, porém tudo parece bem leve. Aroma de mel e leve frutado. Corpo médio baixo. Os maltes são presentes mas deixam a desejar. talvez pela ocasião não teve a atenção que mereça. Mas adorei experimentar. Ao conhecia esta cerveja.

A terceira foi nada menos que a Westmalle Dubbel


Dispensa comentários. Não resisti e trouxe duas pra casa para repetir a degustação. Gostei muito desta cerveja. Possui leve caramelo e notas tostadas. Final amargo. Muito equilibrada.

Voltando para escocesas: Seeing Double

Outra cerveja nada fácil de encontrar.
A próxima foi a especial Unibroue 15: Um espetáculo.
Com modestos 10% ABv, possui um equilíbrio e tanto. Foi elaborada para comemoração de 15 anos da Unibroue e dizem que seu tempo de guarda pode passar de 10 anos. Bom se eu for a uma degustação e possuir uma com mais de 10 anos, não me importaria. Hehehe! Ótimo corpo , frutada, uma bela cerveja. Uma das melhores da noite para mim.

Pois a melhor estava por vir: Harviestoun Ola Dubh.


Sem dúvidas entre as melhores cervejas que já degustei na minha vida. Do estilo Old Ale, trata-se de uma cerveja de guarda. Ola Dubh (“Óleo Negro” em gaélico) 18, maturada nos barris de carvalho que abrigaram o Highland Park por 18 anos. Impar.

Mas não acaba aí camaradas. Ainda havia a saborosa Falke Monasterium:


Uma tripel nacional (a primeira diga-se de passagem) elaborada pelo mestre Marco Falcone em parceria com ninguém menos que o grande mestre Paulo Schiaveto. Bom, esta acredito que todos aqui conheçam, senão, corram. A breja é uma delicia. Notas de cravo suaves, frutado. Ótimo corpo cremoso. Outra que adoro e está sem dúvidas entre as preferidas.

Finalizamos a degustação bombástica com nada menos que :
Bommen & Granaten (bombas e granadas). Sugestivo não. Pois bem a cerveja possui nada menos que 15,2% Alc.
O espetáculo fica por conta do rótulo. Vem todas as informações das cerveja. Todas mesmo: O.G., F.G., EBC, quais lúpulos usados, temperatura de degustação, etc.
O rótulo simples é um grande atrativo, outra coisa que chama atenção é que a rolha é envolvida com bastante cera, o que sugere que a mesma não seja capaz de vedar sozinha, heheh. A cerveja não possuía nenhuma carbonatação. Ficou ainda mais difícil beber. Muito forte, tornou-se um licor, mas obviamente eu bebi até a ultima gota da minha taça, e obviamente não me lembro de mais nada depois disso.... hehehe.

Ainda tivemos tempo de abrir uma garrafa de cerveja caseira, era uma bock que os confrades encontraram alguns defeitos (os caras são muito bem treinados), proseamos como bons mineiros por mais um bom tempo.

Uma noite de muito aprendizado para mim.

Rafael Patrício.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Cervejas Caseiras Red Ale: Profana e Sabtiem

Fim de ano é uma boa época para beber boas cervejas com os amigos. No final de 2009 tive algumas oportunidades e em uma dessas fui contemplado com duas deliciosas produções caseiras nacionais: Profana Red Ale e Sabtiem Red Ale. Ambas deliciosas cervejas, complexas e com personalidade.

Vou compartilhar a experiência na mesma ordem em que ambas foram degustadas:


Profana Red Ale






Deliciosa cerveja. De cor escura, quase um vinho. Turva e de ótima espuma. Cremosa. Corpo carregado, complexa de maltes, bem aromática. Muito equilibrada. Uma das melhores cervejas caseiras que já bebi. Esta breja é produzida em Juiz de Fora , Minas Gerais pelo premiado cervejeiro caseiro Cristiam Rocha, nosso confrade da Acerva Mineira.

A segunda degustada da noite foi a saborosa Sabtiem:



Outro exemplo de cerveja caseira de alto nível. Maltes caramelo, lúpulo e final alcoólico, nesta mais presente que na Profana. Muito gostosa.
Esta cerveja em particular tem todo um charme que vem desde a escolha do nome que você pode conferir no rótulo e no blog FemAle. Sem falar que é produzida por belas, simpáticas e competentes cervejeiras cariocas.





Enfim, ótimas cervejas representantes deste estilo que gosto tanto. Tanto a Sabtiem quanto a Profana mostram que a cada dia sobe mais o nível das Cervejas caseiras nacionais. Cervejas com personalidade buscando sempre elevar a cultura e o nome do Brasil no cenário cervejeiro mundial.

Pão e Cerveja.
Rafael Patrício.